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Preço da Cesta Básica 2022 – Aumento do Valor no Brasil

Valor da Cesta Básica aumenta e supera salário mínimo em 2022. Confira aqui mais detalhes.

O ano de 2021 foi um ano extremamente difícil. Difícil porque o mundo todo e principalmente o Brasil sofreu com a pandemia de Covid-19, que vitimou milhares de pessoas.

Como reflexo nossa economia se abalou de modo que milhões de brasileiros passaram a viver uma situação financeira muito complicada. Principalmente os muitos que vivem com um salário mínimo. O que agravou com o aumento da cesta básica, da energia, do gás de cozinha e da gasolina.

Diante deste cenário, podemos dizer que o brasileiro ficou mais pobre. Talvez você esteja se perguntando sobre o novo salário mínimo, que passa a valer agora em janeiro e cujo valor é de R$1.212,00. Será que ele não ajudou em nada?

A resposta é não. Primeiro, porque o aumento só cobriu a inflação do ano de 2021 e segundo porque em 2022 a cesta básica já ficou mais cara e o salário novo não cobre essa inflação, que também atinge diversos setores da economia.

Porém, o setor mais impactado infelizmente é o da alimentação, que conta com reajustes que passam de 10%. É o que acontece com o valor da cesta básica, que subiu em torno de 30%.

Desse modo, temos um aumento de salário que girou um pouco acima de 10% enquanto que a inflação do setor de alimentação girou em 30%.

A Cesta básica está mais cara em todo o país, o que pode ser comprovado com uma pesquisa realizada em outubro de 2021 e que foi comparada com os números de outubro de 2020.

De acordo com a pesquisa, as cidades que tiveram os valores mais altos na cesta básica foram Florianópolis, cobrando o valor de R$ 700,69, São Paulo com o valor de R$ 693,79 e Porto Alegre com o valor de R$ 691,08.

O Dieese, que é o instituto que realizou a pesquisa, também fez a estimativa de quanto que o trabalhador brasileiro necessitaria receber como salário para poder custear o valor da cesta básica nas capitais do país.

Dessa forma, no sul do Brasil, o salário mínimo precisaria ser no valor de R$ 5.886, que teria que ser 4,86 vezes maior que o novo mínimo nacional, que é no valor de R$ 1.210,04.

Este cálculo é realizado com base em uma família composta por 4 membros, sendo duas pessoas adultas e duas crianças.

De acordo com a pesquisa, o trabalhador brasileiro gasta cerca de 58% do seu salário líquido para poder custear os alimentos considerados básicos para apenas uma pessoa.

Existe uma lei que faz a determinação da cesta básica de alimentos. Dessa forma, ela precisa conter 13 alimentos que são considerados básicos e que precisam estar disponíveis em quantidades que sejam suficientes para que durante o período de um mês, o sustento e bem-estar estejam garantidos ao trabalhador que tem idade superior a 18 anos. Os itens que compõem a cesta, assim como a quantidade, podem ser diferentes de acordo com a região, considerando os hábitos de alimentação e os alimentos que são de produção local. Ou seja, a cesta básica tem sua composição modificada de acordo com a localidade do país, e por isso o seu valor pode variar de região para região.

Porém, a realidade é uma só. O brasileiro que depende de um salário mínimo para se sustentar e sustentar a sua família está longe de viver uma situação de bem-estar.

Escrever este artigo me causa muita tristeza e indignação, em pensar que em lares brasileiros o alimento na mesa não é suficiente para o mês.

Que triste realidade a nossa em que o futuro que se anseia com esperança (um aumento de salário) é de início nocauteado com uma inflação injusta e cruel, que consome o pouco de esperança de dias melhores.

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Ana Paula


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