Rio de Janeiro 14/7/2021 –
Jovens que tiveram acesso à educação financeira desde a infância têm menor chance de se endividar. Ana Brez, mãe e educadora financeira, apoia e incentiva o contato financeiro para crianças
Dados disponibilizados pelo Serasa Experian trouxeram à tona a falta de conhecimento da população em relação à educação financeira: no ano de 2021, mais de 1,6 milhões de brasileiros deixaram as contas sem pagamento. Ainda que a crise seja um dos fatores, a falta de conhecimento para administrar o próprio dinheiro também corrobora com o cenário.
Isso pode acontecer pela distância das informações e também do contato com o dinheiro, contas e pagamentos. Ainda citando a fonte anterior, pode-se constatar que 80% dos brasileiros não tiveram acesso às finanças até seus 12 anos de idade. Além disso, apenas 42% dos entrevistados pelo Serasa Experian relatam ensinamentos repassados pelos seus pais.
Dessa forma, entende-se que a falta de conhecimento precoce pode desencadear problemas futuros. Ao menos é o que propõe a pesquisa realizada pela Fundação de Educação do Investidor, da Financial Industry Regulatory Authority. As análises dos dados indicam que jovens que tiveram contato com a educação financeira de forma continuada, desde a infância, têm menores chances de contrair dívidas, assim como alcançam, consequentemente, maiores linhas de créditos.
Educação financeira para crianças
De acordo com pesquisa da Abefin, Associação Brasileira de Educação Financeira, realizada em parceria com Instituto Axxus e Unicamp, trazer o dinheiro para debates familiares pode ser positivo, uma vez que reforça a relação com o dinheiro ao mesmo tempo que ensina. A troca, muitas vezes, pode beneficiar as finanças.
Ana Brez, especialista em investimentos e mãe, concorda – assim como reforça que as crianças precisam, sim, entender mais sobre finanças. “As crianças precisam assimilar o que veem junto com o que ouvem – e é assim que exercito a educação financeira em casa. Desde que minha filha, Alice, começou a pedir brinquedos, ensino a ela o valor das coisas”, explica.
Ana conta que faz isso justificando pedidos negados e dividindo com sua pequena o valor do dinheiro. “Muitas vezes encerramos a conversa no ‘não’, mas dificilmente a criança associará a situação ao valor do dinheiro. O que sempre fiz com a Alice foi explicar pra ela que eu trabalho e, em troca do meu trabalho, recebo um papel que tem um valor”, diz.
A especialista pontua que segue a conversa explicando de forma lúdica que o dinheiro proporciona a aquisição de objetos, serviços, e desejos, demonstrando que existe um sistema. “É muito importante, ao meu ver, a criança entender que dinheiro é um sistema de troca e que quando os pais dizem que não podem proporcionar algo naquele momento é por uma questão de prioridades”, complementa.
Ana diz que é preciso ter paciência e explicar sobre as finanças de forma simples. “Um método que funciona é comparar valores de forma equivalentes, ou até mesmo entregar uma pequena quantia para que os pequenos administrem em um dia no shopping, por exemplo. Com o exercício, eles conseguem mensurar o que pode ser caro ou barato, e até mesmo o que tem o valor proposto ou não”, diz.
Por fim, a educadora, que compartilha dicas de finanças e investimentos em sua rede no Instagram (@anabrez), ressalta que quanto mais as crianças escutam e se familiarizam com o dinheiro, mais o tema se difunde e é democratizado. “Ao introduzir o contato financeiro na rotina, teremos como resultado um indivíduo responsável, bem-educado e que contribui para o sucesso financeiro da familia”, finaliza.
Para saber mais, basta acessar: www.instagram.com/anabrez
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