Santa Catarina 13/7/2021 –
A evasão escolar aumentou consideravelmente e muitos alunos e pais se encontram com dificuldades para arcar com os pagamentos das instituições de ensino. As instituições, por sua vez, buscam driblar a crise e não fechar as portas
O Brasil há tempos apresenta problemas quando o assunto é educação, tanto pública quanto privada. Apesar dos avanços alcançados nas últimas décadas como políticas de inclusão e permanência no ensino, ou a oferta de programas de bolsas de estudo com incentivo do Estado, grande parte da população ainda encontra dificuldade para se manter de maneira contínua nos estudos, e muitas instituições de ensino também encontram barreiras para evitar a evasão escolar que, durante a pandemia do novo coronavírus, progrediu no último biênio.
No ensino superior, essa evasão e diminuição no número de matrículas também foram notadas. Segundo reportagem da Rádio Bandeirantes, a média anual de matrículas de alunos na rede particular de ensino superior é de 2,5 milhões, porém, nos meses iniciais de 2021 esse número diminuiu 40% se comparado ao mesmo período em 2020. Se levada em consideração a realidade dos alunos do ensino médio da rede pública, 1,38 milhão de estudantes abandonaram os estudos devido às dificuldades de permanecerem matriculados em meio à pandemia e os problemas por ela acarretados.
Diversas escolas particulares também sentiram o impacto da pandemia no número de alunos matriculados. Donos de instituições de ensino particulares, principalmente as que lidam com um público mais infantil, sentiram com pesar o abandono dos alunos. De acordo com matéria publicada no site Metrópoles, com base em estudo do Inep, somente de março a agosto de 2020 o número de crianças mantidas fora das instituições foi de quase 170 mil. Muito disso se deve às restrições de saúde impostas pela pandemia, assim como às dificuldades financeiras de mães e pais em manter as mensalidades. Inúmeras escolas tiveram dificuldades em contornar os impasses financeiros durante esse período e foram obrigadas a fechar as portas ou suspender as atividades. Segundo dados do Semesp, a inadimplência somente no estado de São Paulo cresceu 70% no último ano.
Gestão em tempos de crise
Ricardo Althoff, CEO da Prospecta Educação, especializado em prestar suporte para instituições de ensino que buscam manter seus negócios e não titubear perante as adversidades do mercado, aponta que: “Neste momento de pandemia, vivenciei escolas que fecharam as suas portas, escolas com mais de 10, 20 e 30 anos, e a desculpa foi a pandemia. Na minha opinião, a pandemia foi apenas o ‘tiro de misericórdia’, pois a verdade é que estas escolas estavam com uma captação de matrículas pífia, uma retenção de alunos menor que 89% e um com uma elevada inadimplência”. O profissional ainda complementa: “Muitas instituições de ensino, independentemente do seu segmento educacional, dão importância somente à gestão pedagógica e não à gestão administrativa, financeira, e, com isto, são muito mal administradas”.
Ricardo aponta que especializações voltadas para a formação de profissionais da educação relacionadas à retenção de matrículas, rematrículas e inadimplências, são essenciais para que os gestores compreendam as complexidades econômicas geradas no setor.
Entre as opções possíveis, algumas propostas que podem ajudar os gestores da área de educação foram elaboradas pela Prospecta Educação. Entre elas estão:
- Auxílio no treinamento da equipe administrativa;
- Análise do fluxo de caixa, para resolução da inadimplência;
- Estudo da melhor forma de captação de matrículas.
Mais dicas podem ser encontradas na cartilha disponível no site da Prospecta Educação
Website: https://prospectaeducacao.com.br
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