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Disputa tecnológica abre portas do mercado americano a profissionais de telecomunicação

São Paulo, SP. 29/6/2021 – No geral, a preferência é por profissionais com experiência comprovada de mais de cinco anos, após formado, executando suas funções na área de telecomunicações

Carência de pessoal qualificado para atender à enorme demanda prevista para os próximos anos facilita acesso ao green card a milhares de brasileiros

O mercado de telecomunicações está mais aquecido do que nunca nos EUA, e as porteiras estão abertas aos profissionais brasileiros que desejam trabalhar por lá, com a garantia do tão sonhado green card.

O advento de novas tecnologias, como o 5G, a IoT (Internet das Coisas), além da grande expansão da First Net (rede wireless exclusiva para serviços de emergência, que está cada vez mais presente no cotidiano dos americanos) tornaram a busca por profissionais da área de telecomunicações assunto de interesse nacional.
Motivo: a carência de trabalhadores qualificados para atender à enorme demanda prevista para este mercado nos próximos anos. Isso tem tornado a maioria dos profissionais do ramo mais do que bem-vindos em solo americano.

“Caso a pessoa tenha formação em Engenharia de Telecomunicações ou Tecnologia da Informação, por exemplo, tem chance dela se qualificar para a residência permanente (green card), até mesmo sem a necessidade de oferta de emprego no Estados Unidos”, explica o advogado Leonardo Leão, especialista em direito internacional, da Leão Group – empresa de consultoria americana com expertise no assessoramento de profissionais, investidores e companhias de todo o mundo.

Mas ele alerta: é preciso já ter alguma bagagem no segmento. “No geral, a preferência é por profissionais com experiência comprovada de mais de cinco anos, após formados, executando suas funções na área de telecomunicações”.

Mercado é amplo e remunera bem

Por outro lado, as áreas de atuação podem ser das mais variadas. Envolvem todas as atividades relacionadas à indústria de telecomunicações, desde trabalhos de campo, na construção e montagem de sites (torres e antenas), até os trabalhos intelectuais, como desenvolvimento de hardware e software. Ou seja, um amplo campo de mercado, que certamente pode ser bastante promissor a muitos brasileiros.

O salário de profissionais ligados à área de telecomunicações nos EUA dificilmente fica abaixo dos 60 mil dólares anuais para os profissionais de campo (o equivalente a R$ 26 mil/mês). Já para os trabalhadores que executam funções com necessidade de maior qualificação, como engenheiros ou desenvolvedores de software, por exemplo, o salário anual é acima de 100 mil dólares (o equivalente a R$ 44,1 mil/mês).

“Da mesma forma que ocorre aqui no Brasil, há escassez de mão de obra qualificada disponível no mercado americano, especialmente entre profissionais com longa experiência. As empresas têm brigado para contar e fidelizar esse tipo de trabalhador”, destaca Leonardo Leão.

O caminho para o visto (e o custo)

O caminho a ser percorrido são os vistos EB1 e EB2 NIW, que são concedidos a profissionais com longa experiência em suas áreas de conhecimento e que, além da habilitação e experiência comprovadas, possuem também um histórico de contribuições e reconhecimentos no decorrer de sua carreira. Para esses é bem mais fácil alcançar o objetivo. Além dos especialistas em telecomunicações, isso também vale para profissionais da área de medicina, ciências, esportes e artes.

A primeira fase é a entrega ao USCIS (United States Citizenship and Immigration Services) de um dossiê com as comprovações de mérito, que pode aprovar, exigir mais informações ou até negar o pedido.

A segunda parte, por sua vez, é a entrega de mais documentos pessoais, como antecedentes criminais e exames médicos ao National Visa Center. E a terceira, por fim, é uma entrevista no consulado americano.

Sub-categorias

Existem três subcategorias para o visto EB-1, que são: a EB-1A – voltada a profissionais com habilidades extraordinárias; a EB-1B – voltada a professores e pesquisadores de destaque; e a EB-1C, que é voltada a executivos internacionais.

Já no caso do visto EB-2 NIW, ele se enquadra especificamente a profissionais que tenham grau avançado de estudos (graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado) e cinco anos de experiência. Profissionais que tenham habilidade excepcional na sua área de atuação também podem atestar a sua importância à economia, cultura ou educação dos EUA.

Ambos os vistos, EB-1 ou EB-2 NIW, não necessitam de oferta de emprego no EUA e garantem o green card para o aplicante e sua família (cônjuge e filhos).
Para qualquer uma dessas categorias, reunir antecipadamente documentos que certifiquem as qualificações é essencial. Ser membro de associações, participar ativamente do setor em que atua e até mesmo prêmios aumentam a elegibilidade para o visto.

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