Expectativa é que o salário mínimo suba para valores entre R$ 1.147,00 e R$ 1.155,55.
Quem está se preparando para ajeitar as economias neste ano difícil que tem sido 2021, após já mais de dois semestres passando pelas dificuldades advindas pela pandemia de coronavírus, tem pelo menos um motivo para comemorar, mesmo que parcialmente: o Governo Brasileiro acaba de anunciar estudos para aumentar o atual salário mínimo, que é de R$ 1.100 reais, projetando-o de acordo com o crescimento da inflação – o que levaria a um valor aproximado entre R$ 1.147,00 e R$ 1.155,55.
Esta diferença parece pequena, mas na realidade de muitos brasileiros pode oportunizar o acesso a mais itens da cesta básica e subsídios para o quotidiano, uma vez que ultimamente o índice de inflação e as recessões causadas pela pandemia têm tornado muitos produtos primários básicos à necessidade do consumidor extremamente reajustados. Exemplo disso é o gás de cozinha, que nos últimos meses passou por pelo menos cinco reajustes. Também os alimentos básicos para a mesa do brasileiro, como o arroz, o feijão, o café e mesmo um pacote de macarrão têm ido à mesa com valores bem acima do que era cobrado ao início de 2021. É por essa razão que o aumento do salário mínimo foi pensado para estar de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA), métrica que verifica como se deu a inflação ao longo deste ano em relação ao ano passado: ele passou de 4,4% para significativos 5,05%. Ou seja: é embasado nesta taxa que o salário mínimo será reajustado.
Motivos para a comemoração parcial do aumento do salário mínimo nacional
Esse reajuste no salário mínimo só ocorre por causa da inflação, como já mencionado acima. Ou seja, ela é uma medida tomada para aumentar o valor de prestação de serviços ou produtos, elevando o preço do que é ofertado no mercado para valores mais altos. Quando isso acontece com bens de primeira necessidade, como é o caso dos alimentos, ela pode ter um impacto negativo na sociedade. Assim, em linhas gerais, a inflação pode ocorrer em quase qualquer produto ou serviço, incluindo despesas ainda mais impactantes na vida dos brasileiros, como moradia, alimentação, assistência médica e serviços públicos – além de despesas com necessidades corriqueiras, como cosméticos, automóveis e joias. Uma vez que a inflação se torna predominante em toda a economia, a expectativa de mais inflação torna-se uma preocupação primordial na consciência de consumidores e empresas.
Impacto dos reajustes da inflação de maneira básica no bolso do consumidor
Há diversos fatores que de algum modo afetam os preços ou que podem colaborar para que a inflação venha a subir. Geralmente isso é resultado de algum aumento nos custos de produção ou de alguma forma de aumento na busca por tipos específicos de produtos e de serviços. No caso da pandemia, a escassez de alguns produtos devido aos constantes lockdowns ou mesmo fechamento de fábricas, além de falta de matérias-primas, contribuiu bastante nesse sentido. E a inflação pode ser uma preocupação para os brasileiros a médio prazo, uma vez que torna nosso dinheiro menos valioso amanhã. Aliás, a inflação corrói o poder de compra do consumidor e pode até interferir na capacidade de se aposentar. Por exemplo, se um investidor ganhava 5% com os investimentos em ações e títulos, mas a taxa de inflação era de 3%, o investidor ganhava apenas 2% em termos reais.
Impacto para o empregador
Um dos sinais de uma possível inflação de custo pode ser visto no aumento dos preços de commodities, como petróleo e metais, uma vez que são os principais insumos de produção. O resultado são preços mais altos para os consumidores sem qualquer alteração na demanda pelos produtos consumidos. Os salários também afetam o custo de produção e normalmente são a maior despesa individual para as empresas. Quando a economia está indo bem e a taxa de desemprego é baixa, podem ocorrer escassez de mão de obra ou de trabalhadores. As empresas, por sua vez, aumentam os salários para atrair candidatos qualificados, fazendo com que os custos de produção subam para a empresa.
Por Ana Beatriz Dias Pinto
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