Transferências pelo WhatsApp – Cuidados

Confira aqui os principais perigos envolvidos nas transferências de dinheiro pelo WhatsApp.

Sempre trazendo novidades para os seus usuários, um dos maiores lançamentos já feitos pelo Whatsapp foi anunciado na última terça-feira, dia 4 de maio. Com aprovação do Banco Central, a novidade trata-se da função de pagamentos pelo mensageiro, promessa essa que já está dando o que falar e, ao que tudo indica, será um dos maiores canais para a realização de transferências de dinheiro no Brasil.

Atualmente, o aplicativo já é utilizado por 160 milhões de pessoas somente no país. Com o início da pandemia, ele foi utilizado como uma importante ferramenta de negócios para aqueles que precisavam se comunicar com os seus clientes.

Prova disso são os dados levantados pela Zendesk, uma companhia que desenvolve softwares para o atendimento das empresas com os clientes. Segundo as informações, o aumento de consumidores que começaram a usar o Whatsapp para se comunicar com as organizações foi de 118%.

Porém, é claro que tanta comodidade também chama a atenção de golpistas que, atraídos pela comodidade e pelo seu tamanho, frequentemente invadem as contas e se passam por outras pessoas para conseguir o envio ou transferências de dinheiro. Por isso, estes golpes e a possibilidade de pagamento pelo app acabam por assustar muitos dos usuários que temem o futuro do novo recurso em mãos erradas.

Cuidados com os golpes

Em uma pesquisa que foi realizada no ano passado pela companhia de segurança na internet PSafe, foi averiguado que 8,5 milhões de brasileiros já passaram por um problema de clonagem do WhatsApp em algum golpe. Na ocasião, uma das grandes preocupações de usuários se referia ao possível vazamento das conversas privadas.

Ainda conforme a observação, 26,6% das pessoas relataram que já enviaram links para outros contatos contendo golpes e, por fim, 18,2% disseram ter seu número clonado por criminosos para a solicitação de dinheiro a parentes e amigos. Sabe-se que essa última área é a que representa maior interesse para os usuários, já que o WhatsApp Pay não possui ainda nenhuma diretriz clara sobre como os usuários poderão se proteger das armadilhas.

Por isso, a grande abrangência do aplicativo pode representar sim um grande risco ainda para algumas áreas, apesar da plataforma ser muito segura para os usuários que cumprirem corretamente com os requisitos de segurança. Assim como outros sistemas de pagamento, o Whatsapp se torna, portanto, um eficiente meio de transações pela sua parceria com uma dezena de bancos, necessitando de cuidados como qualquer outro método.

Por isso, é muito importante que os usuários que forem utilizar o sistema de transações habilitem a biometria e a senha para que as mesmas sejam autorizadas, sendo recomendado também que seja feita a autenticação em dois fatores, que é uma espécie de segunda senha para o aplicativo.

Um alerta importante em termos de golpes utilizados é o que bandidos ligam solicitando códigos para a autenticação do app, garantindo benefícios e validação em promoções. Esse tipo de ação não existe, sendo que seguir as recomendações minimiza os riscos de cair em ciladas.

Falta de familiaridade

Um dos grandes fatores que atrapalham a vida de usuários e tornam o uso dessas funcionalidades ainda mais difícil é a falta de familiaridade com o serviço por parte dos usuários. Uma prova disso é o Pix, lançado em outubro de 2020 e que ainda passa por especulações acerca do registro de chaves, sua utilização em apps que não propriamente são de bancos e, mais recentemente, sua aplicação na substituição de boletos.

Entende-se que, por se tratar de uma novidade, os golpes acabam sendo fáceis já que se valem de recursos diferentes dos habituais. Por isso, é muito importante sempre desconfiar quando estiver se deparando com uma situação desconhecida. A dica é ligar para o telefone do seu banco ou da cobrança em questão para se familiarizar com o assunto e confirmar se ela é real. Além disso, é bom sempre pesquisar e conhecer sobre a empresa com a qual você pretende negociar.

Sobre o aplicativo WhatsApp Pay

O aplicativo do Whatsapp é protegido sobre detalhes de conta dos seus usuários, sendo elas criptografadas. Assim, em casos de clonagem e de roubo, não é possível que o golpista realize transações sem uma senha, bem como ocorre em um app normal de banco.

Ainda, é possível que seja habilitado algumas funções sobre a privacidade do uso do aplicativo, garantindo maior tranquilidade para sua utilização. Nas configurações, por exemplo, basta habilitar a opção que somente adiciona pessoas nos grupos permitidos.

Mesmo sendo muito parecido com o Pix, o WhatsApp Pay não possui o funcionamento de uma carteira digital e também não tem responsabilidade em gerir uma conta de pagamento. Sendo assim, ele é apenas um elo entre instituições financeiras.

No primeiro momento, os usuários possuem um limite para envio por transação de mil reais bem como recebimento de no máximo vinte pagamentos por dia e limite de 5 mil reais por mês. O usuário precisa ter cartões pré-pago, de débito ou de crédito e débito em algum dos bancos parceiros. São eles: Nubank, Nex, Sicredi, Woop Sicredi, Mercado Pago, Itaú, Bradesco, Banco Inter e Banco do Brasil. As bandeiras aceitas são Mastercard e Visa. Todos os pagamentos feitos são intermediados pela Cielo.

A tecnologia de tokens é uma das grandes apostas das instituições para o controle de tentativas de fraude no mensageiro, sendo que a Visa exemplificou o seu funcionamento para o público utilizando a solução Visa Cloud Token, aplicada no Brasil e que protege as informações que são confidenciais de pagamentos, removendo-as e as convertendo em dados anônimos armazenados com segurança. Assim que estão na nuvem, é possível ativá-los em dispositivos e integrá-los aos bancos.

Vale ressaltar que o WhatsApp Pay utiliza solução muito similar com divisões entre todas as operadoras que estão envolvidos nesse projeto. Com isso, a expectativa é de transações extremamente seguras e de soluções para as incoerências já em tempo real.

Kellen Kunz

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