A partir de 1º de Janeiro de 2020 entra em vigor a nova Tarifa Branca. Trata-se de uma norma aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica e que pode influenciar positivamente no preço da conta de luz.
Será uma alternativa para quem consome energia fora do horário de pico e deseja economizar. Desde 2016 a Tarifa Branca existe, mas é no início de 2020 que estará acessível para consumidores de baixa tensão no Brasil. E isso inclui residências, comércios e até pequenas indústrias.
Trata-se de uma norma aprovada pela Aneel em 2016, que define uma nova modalidade de cobrança onde o preço da luz é calculado de acordo com o dia da semana e horário de utilização.
A tarifa existe desde 2018, mas era restrita apenas para quem consumia mais de 500KW/h. A partir de janeiro de 2019, o modelo se estendeu e passou a ser válido para quem tinha consumo médio anual superior a 250 Kwh por mês. Com essa mudança, mais de 32 mil consumidores puderam aderir ao modelo e deste total 25 mil residências foram contempladas.
A partir de 1º de janeiro de 2020, o novo modelo da Tarifa Branca contemplará todos os consumidores do Brasil. Ou seja, não há necessidade de consumo mínimo por mês. Quem pretende aderir ao modelo deve solicitar a mudança na sua distribuidora de energia local.
Ao aderir à Tarifa Branca, o cliente deverá transferir o seu consumo de energia para horários de menor uso de energia. Ou seja, evitando horários de pico, o cliente conseguirá economizar bastante em sua conta de energia elétrica.
Os horários de pico variam um pouco em cada região do país, mas geralmente os horários intermediários vão das 17h às 18h e das 21h às 22h. E os horários mais críticos (que deverá evitar o uso de energia) ficam entre às 18h e às 21h.
Para consultar os horários de pico específicos de cada região acesse o site da Aneel. Afinal, há variações no consumo de energia de acordo com cada região. Vale lembrar ainda que feriados e finais de semana têm tarifas mais baixas o dia todo.
E afinal, vale a pena aderir ao modelo Tarifa Branca? Segundo a Aneel só vale a pena aderir ao modelo se conseguir mudar o horário do maior consumo de energia para horários diferentes dos horários de pico de sua região.
Segundo superintendente de gestão tarifária da Aneel, Davi Antunes, se o cliente não seguir estas instruções o valor da conta poderá até aumentar.
Por isso, antes de solicitar a alteração, faça uma avaliação do seu consumo mensal e dos horários mais críticos. Se estiver disposto a mudar, vale a pena aderir, do contrário melhor permanecer com o modelo normal.
Após fazer uma avaliação de consumo e ver que está apto a mudar para o modelo Tarifa Branca, deverá formalizar o seu desejo na sua distribuidora de energia.
Primeiro, faça a solicitação por telefone e aguarde, pois a distribuidora precisará instalar um medidor de energia especial em sua residência ou empresa.
Caso não obtenha os resultados desejados e a conta permaneça a mesma, mesmo seguindo as orientações, poderá reverter a solicitação e retornar para o modelo convencional.
Para solicitar a alteração, as distribuidoras têm até 30 dias para atender ao seu pedido. E caso pretenda reverter o processo e retornar ao modelo convencional, o prazo é de 180 dias.
A Aneel também enfatiza que a Tarifa Branca é oferecida aos consumidores classificados como baixa renda e outros de descontos já previstos em lei.
Raquel Cordeiro
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