Diante da atual crise empregatícia que afeta uma parcela significativa da população brasileira, nada melhor do que manter um orçamento equilibrado.
Entretanto, toda pessoa que se encontra com seu orçamento comprometido precisa de algumas orientações, no sentido de poupar para o que é realmente necessário. Nem sempre o volume de contas que ultrapassa o valor do salário é consequência apenas da crise econômica, muitas vezes, nada tem a ver com ela.
O brasileiro sempre tem seu “jeitinho”, porém, nem sempre esse “jeitinho brasileiro” funciona. Em realidade, isso deveria ser abandonado por completo. Pode parecer muito divertido, entretanto, é uma verdade mais do que conhecida, quando em um dos programas do antigo Casseta & Planeta o ator Hubert, em um quadro cômico sobre o então recém-aprovado Plano Real, falou em alto e bom som que o brasileiro gasta o que tem e o que não tem, principalmente o que não tem.
Isso é literalmente verdade. Portanto, não basta apenas estar ciente de que nosso país não vai bem financeiramente, é necessário que a maioria dos brasileiros saiba economizar. Nosso saudoso Silvio Santos já declarou para chegar onde chegou ele, junto da esposa e das filhas viveram sempre em um ritmo de despesas como se fosse família de classe média.
Ninguém precisa tornar-se um milionário ou bilionário. Mas, o exemplo do apresentador de TV mais famoso do Brasil deixa claro que todo brasileiro pode prosperar materialmente se decidir levar a sério um hábito de economia.
Portanto, se você deseja colocar suas contas em dia, e manter um bom orçamento em casa, nada de ceder àquela vontade de gastar com roupas, com passeios, jantares e outras despesas supérfluas, sobretudo quando são parceladas em cartão de crédito.
É necessário estabelecer uma nova rotina, com menos gastos. Buscar uma relação mais amistosa com o dinheiro, por assim dizer, sem prodigalizar. Aquele hábito de buscar preencher vazio gastando ou comendo muito, que além de fazer engordar gasta muito também, deve ser mudado para um exercício de abstinência. Ninguém precisar tornar-se um monge, mas, sim, equilibrar sua vida de consumo.
O impulso de aquisição, ou seja, o prazer em adquirir coisas é um poço sem fundo. O prazer é algo que sempre nos escapa. Como disse um grande psiquiatra, o prazer da vida está em cumprir nossos deveres e não em nos entregarmos a nossos prazeres.
1 – Anotar todos os gastos realizados, classificar cada um ao longo de 30 dias. Mapear a sua vida econômica é o melhor meio de saber qual a sua real situação financeira;
2 – Estabelecer as prioridades e metas de consumo em família. O que será necessário adquirir e o que pode ser adquirido a mais, como algo extra;
3 – Organizar o pagamento das contas de modo a ficar livre dos juros elevados. Sempre temos dívidas, portanto, elaborar uma espécie de tabela para registrar cada conta e, de forma hierárquica, das mais elevadas para de menor custo, quitar uma a uma, sobretudo, quitar as contas que possuem os juros mais altos;
4 – Evitar novas contas. Um dos maiores problemas que podemos nos meter, quase como se fosse uma dívida com agiotas ou traficantes, é cair nos empréstimos, seja onde for. Não abuse do cartão. Evite até cartão de crédito. Se você tem uma conta pequena, se seu salário é baixo, não queira bancar o playboy exibindo cartão de crédito por aí. Nada de querer impressionar sua namoradinha pagando o melhor jantar.
5 – É necessário fazer uma boa programação para as compras do mês. Saber investir em bens que vão durar, e em roupas menos custosas. Ser mais consistente em termos de aquisição. Saber redescobrir suas coisas, saber valorizar o que tem, seja um eletrodoméstico, seja a indumentária, ou outros bens. A insatisfação pode ser uma fonte de prejuízos financeiros.
Por Paulo Henrique dos Santos
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