Varejo teve queda de 4,7% nas vendas para o Dia das Crianças

Comércio varejista registrou o pior índice desde 2006, com uma queda de 4,7% na semana que antecedeu o Dia das Crianças.

De acordo com a Serasa Experian (empresa voltada para informações de crédito), o comércio varejista teve o pior índice desde 2006, com uma queda em torno de 4,7% na semana que antecedeu o Dia das Crianças.  

Os demonstrativos na análise de desempenho não foram favoráveis, com queda de 3,3% na semana das crianças em comparação ao ano de 2014.

Fatores que influenciaram na hora das compras e causaram a baixa no comércio e nas vendas foram: o alto índice da inflação e taxa de juros, os preços caros dos produtos, a taxa de desemprego, a falta de expectativa das pessoas com relação aos acontecimentos relacionados à economia, falta de otimismo e confiança no governo. Todos esses fatores pesam no bolso do consumidor que avalia a atual situação do país e prefere não gastar com medo de gerar dívidas e inadimplência.   

O consumidor não sabe o que esperar com relação à economia do país e se vê as voltas com incertezas, reflexo de uma política de má gestão, com os preços em constantes aumentos, ele recua e se previne, pois não sabe o que o aguardar no futuro, assim evita gastos e endividamentos.   

Pesquisas registraram que desde 2006 não havia queda do comércio neste período e lojistas consultaram o banco de dados de informações do serviço da Serasa Experian para obterem mais informações.

Nota-se que o movimento das pessoas para ir às compras está em curva descendente, não há uma expectativa para o consumidor gastar, pois o momento é de crise e de cautela.   

Com o comércio em baixa quem perde é o comerciante que vê os seus lucros em baixa. As vendas fracas fazem o comércio contratar menos e agora, principalmente, para o final de ano, com as vagas temporárias. Muitos estão reduzindo o quadro de funcionários para cortar custos e esses procedimentos acabam gerando uma bola de neve, pois o comércio sobrevive dos consumidores.   

É preciso que o governo invista em políticas públicas mais eficazes, e que crie melhores expectativas na área econômica, e favoreça a expectativa dos consumidores, para que o mesmo se sinta atraído a comprar. Uma boa opção seria baixar os juros e o parcelamento para que o consumidor tenha condições de arcar com o crediário.                       

Por Marisa Torres

Foto: Divulgação

Quer deixar um comentário?

Seu e-mail não será publicado Campos obrigatórios estão marcados*

The field is required.

Para fornecer as melhores experiências, usamos tecnologias como cookies para armazenar e/ou acessar informações do dispositivo. Não consentir ou retirar o consentimento pode afetar negativamente certos recursos e funções.

Política de Cookies