Em agosto deste ano o INC registrou 81 pontos, sendo o pior resultado desde 2005. O consumidor brasileiro está perdendo a esperança de que a economia do país possa melhorar a um curto ou médio prazo.
De acordo com a ACSP – Associação Comercial de São Paulo, a confiança do consumidor brasileiro continua baixa e vem batendo recordes negativos. No último mês de agosto o INC – Índice Nacional de Confiança – chegou a registrar apenas 81 pontos, sendo este o pior desempenho desde 2005, ano em que a pesquisa começou a ser realizada e o INC passou a servir de referência.
Só no espaço de 1 ano, o INC teve uma queda de 62 pontos, sendo que quando o Índice está acima de 100 pontos indica que o consumidor está otimista e abaixo de 100 pontos, mostra um consumidor mais pessimista.
Roberto Mateus Ordine, que é presidente da ACSP, explicou que uma das causas desta queda acentuada do índice é justamente o fato do brasileiro se sentir bem mais inseguro atualmente, inclusive aqueles que estão empregados. E outro fator que explica tal queda é que os brasileiros estão perdendo a esperança de que a economia do país possa melhorar a um curto ou médio prazo.
O INC mostra a confiança do consumidor brasileiro e os números baixos é o retrato da desconfiança do cidadão em relação ao atual cenário econômico e de forma especial ao medo de ser demitido. O desemprego continua crescendo, a crise vem forçando as empresas de todos os setores a cortarem gastos e chega uma hora que o corte de gastos em uma empresa chega ao corte de funcionários.
E a tendência é que a confiança do consumidor continue caindo. Para termos uma ideia, em julho o percentual era de 53% e em agosto foi para 57%, mostrando que a desconfiança está se elevando rapidamente. Em agosto do ano passado, este percentual era de apenas 26%.
Outro dado apontado pela pesquisa é que os brasileiros estão cada vez mais pessimistas quando se trata do futuro da economia do país, onde mais de 34% acredita que a situação só tende a piorar e 33% acham que a economia brasileira pode melhorar nos próximos meses. Esta é a primeira vez, desde o início destas pesquisas, que o número de otimistas é menor que os dos pessimistas.
Por Russel
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