Os alimentos tiveram queda nas vendas e redução nos preços, e isso poderá aliviar a inflação do mês de agosto.
Com a redução nas compras dos brasileiros quando estes vão ao supermercado, os alimentos apresentaram uma queda nas vendas e, consequentemente, tiveram uma redução nos preços e é esta redução que deverá aliviar a inflação do mês de agosto.
Já próximo do dia de divulgação do IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo, as informações obtidas através de duas pesquisas mostram que a inflação poderá ter uma queda no mês de agosto.
Os itens que são considerados como "essenciais" tiveram uma redução no preço em quase todas as 18 capitais onde o Dieese realiza a "Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos".
E o IGP-DI – Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, também desacelerou neste mesmo período. O cálculo é feito pela FGV – Fundação Getúlio Vargas e a redução foi de 0,58% para 0,40%, sendo mais uma vez uma queda que foi puxada pelo "grupo de alimentação".
Mas os analistas já avaliaram estes resultados e alertam que esta é uma queda pontual, não sendo suficiente para compensar a alta que vem sendo registrada nestes últimos meses.
Os dados obtidos pelo Dieese apontaram que esta queda teria sido graças aos produtos 'in natura' e a cidade de Fortaleza foi a que registrou uma queda maior, com uma redução média em torno de 4,6%, sendo que o tomate se destacou pela queda no preço de 23,53%. Já no Rio de Janeiro, a queda foi menor, ficando em 2,77% e o preço do tomate caiu 23,88%.
A Fundação Getúlio Vargas, através de suas pesquisas, obteve resultado bastante semelhante, pois os alimentos que em julho tiveram uma alta no preço de 0,79% em agosto tiveram uma deflação de 0,11%. Pelos dados da FGV, o tomate teve uma queda de 17,06% no preço e a batata uma deflação de 20,28%.
Mas o motivo desta queda não é apenas pelo fato dos consumidores estarem comprando menos, tem ainda outros fatores ajudando, como a redução dos preços agrícolas e a boa safra registrada.
O único problema é que esta queda não é uma tendência, é só um movimento rápido, ou seja, não tem como afirmar que a inflação já está controlada, pois espera-se alta para os últimos meses de 2015 e também no início de 2016.
Por Russel
Foto: Divulgação
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