Os brasileiros já podem separar uma fatia maior do seu salário para o pagamento da sua conta de energia elétrica, pois um novo aumento já está bem próximo de ser anunciado.
Este novo reajuste que pode chegar a 9% vai pesar mais ainda na já tão cara conta de luz dos consumidores residenciais, caso uma decisão judicial tenha de ser cumprida. Esta decisão beneficia algumas indústrias de grande porte do País em relação a um encargo que saíra das suas contas de luz e que será pago mais uma vez pela população em geral.
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) está realizando uma audiência pública para debater como será cumprida esta liminar judicial conseguida pela ABRACE, uma associação que representa grandes indústrias como a Ambev, Alcoa, Dow e Albras, que utilizam uma grande quantidade de energia elétrica.
De acordo com André Pepitone, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica, já foram realizados alguns estudos que indicam que o cumprimento desta decisão judicial obtida pela ABRACE – Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres irá gerar um prejuízo de até 4% ou cerca de R$ 1,1 bilhão entre as distribuidoras de energia, que num primeiro momento ficariam com este encargo oriundo da liminar e num segundo momento, este prejuízo seria repassado aos consumidores residenciais nos próximos aumentos de tarifas.
O diretor geral da Aneel, Romeu Rufino lamentou esta decisão durante uma reunião da Aneel e disse que esta desoneração obtida pela ABRACE para as grandes indústrias causará um enorme impacto entre as distribuidoras de energia e se for repassado em caráter extraordinário para os consumidores causará um impacto muito grande para quem já anda com dificuldades em pagar suas contas de energia elétrica.
Segundo Aline Bagesteiro, coordenadora jurídica da ABRACE, o CDE – Conta de Desenvolvimento Energético, tornou-se um encargo insuportável para a grande indústria e esta liminar obtida nesta segunda-feira (24) teria de ser cumprida em até 72 horas.
André Pepitone lembrou que ainda resta R$ 1,8 bilhão referentes ao período de desoneração de impostos que ainda precisam ser distribuídos nas contas de energia dos consumidores residenciais até o final deste ano e que este rateio terá proporções diferentes de acordo com cada região do País, dependendo de onde se encontre os associados da ABRACE. Os consumidores que mais serão afetados serão aqueles que vivem em áreas de baixa tensão, onde o aumento pode ser superior a R$ 50 por megawatt-hora para cada consumidor.
Por André F.C.
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Que empresas são estas, que caso ganhem a causa, vai pesar tanto para o povo?