Alta na emissão de cheques sem fundos em julho

Brasileiros emitiram 1,3 cheques sem fundos no mês de julho, segundo a Serasa. O que representa 2,29% do total de cheques compensados durante o mês.

Nunca se emitiu tanto cheque sem fundos quanto no último mês de julho. Um levantamento feito pela empresa Serasa, revelou que os brasileiros emitiram 1,3 cheques sem fundos somente no último mês. A pesquisa foi divulgada na última terça-feira (dia 18).

O número corresponde a um recorde para o mês de julho, desde 1991, quando a série foi criada. O número registrado corresponde a 2,29% do total de cheques compensados durante o mês.

Desde o começo deste ano, cerca de 8,75 milhões de cheques já foram devolvidos à sua origem, por falta de fundos. O número corresponde a 2,2% do total de cheques compensados. O resultado é o segundo maior percentual para o período do primeiro semestre do ano, desde que o levantamento começou a ser feito. O percentual só foi maior no ano de 2009, quando chegou aos 2,29%. No ano passado o percentual era de 2,11% de cheques sem fundos.

Segundo a Serasa, a culpa pela falta de pagamentos dos consumidores é o aumento das taxas de desemprego, e também a atual situação econômica do País, que está marcada pela recessão pelo aumento dos juros e da inflação.

Com esse cenário pessimista, os consumidores acabam tendo “sérias dificuldades” para honrar seus pagamentos, e mesmo quem tem boas intenções ao passar um cheque, às vezes pode não conseguir os fundos necessários para cobrir o seu valor. Dessa forma aumenta o número de devoluções.

Inadimplência não-bancária:

O Serasa Experian também avaliou que os índices da chamada inadimplência não-bancária, que englobam cartões de crédito, lojas em geral, financeiras e concessionárias de serviços, também aumentaram na passagem do mês de junho para o mês de julho. Com as dificuldades enfrentadas pelos brasileiros em honrar suas contas, a alta do mês foi de 0,6%.

Se comparado com o período do ano passado o número chega a 19,4% a maior alta desde 2011. Ao compararmos com o acumulado para o primeiro semestre, a inadimplência não-bancária subiu 16,8%.

Por Patrícia Generoso

Foto: Divulgação

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