Os efeitos da crise econômica estão cada vez mais visíveis na vida do brasileiro, quase que podemos dizer que é algo que tem se deitado e levantado conosco todos os dias.
Desemprego em alta, juros elevados e inflação fazem com que a inadimplência chame a atenção nesses primeiros cinco meses do ano de 2015.
Tudo isso é reflexo de uma economia seriamente abalada sem qualquer perspectiva de melhora.
De acordo com SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), a proporção de cheques devolvidos pela segunda vez por insuficiência de saldo teve um recuo em abril chegando a 2,21%, onde em março alcançou 2,27%.
Mesmo com esse recuo de 0,06% no mês passado comparado com março, esse é o maior percentual registrado desde 2006, onde foi de 2,35%.
No ano passado no mesmo período a taxa estava na marca de 2,07%, segundo dados revelados pela Boa Vista que administra o SCPC.
O percentual de cheques devolvidos na comparação entre março e abril de 2015 recuou para 10,4%, logo os cheques movimentados registraram uma queda de cerca de 7,8%.
De acordo com Boa Vista SCPC, se olharmos o acúmulo de 2015, isso falando de janeiro até abril, poderemos ver que os cheques devolvidos recuaram cerca de 6,5%, enquanto os cheques movimentados diminuíram cerca de 10,9%.
O comparativo de cheques devolvidos de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, a devolução foi menos para a pessoa física chegando a 8,8% e cerca de 0,7% inferior para pessoa jurídica.
Os economistas creditam essa elevada devolução de cheques tanto de pessoas físicas como de pessoas jurídicas ao desemprego e a inflação elevada, pois isso tem afetado a capacidade de pagamentos dos consumidores fazendo assim com que eles tornem-se inadimplentes.
A tendência é que o aumento da inadimplência possa aumentar ainda mais, tanto para a pessoa física como a jurídica nesse período tão nebuloso que estamos passando financeiramente, sem qualquer previsão de melhora para o futuro.
Por André Escobar
Foto: Divulgação
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