Taxa atingiu seu maior valor em 6 anos, após acumular sua quinta alta consecutiva.
A taxa Selic está próxima de alcançar o seu índice histórico de 2009, quando atingiu a marca de 13,75%. Como previa os “gurus” do mercado financeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) deu o seu aval para mais uma subida na taxa de juros. Com uma alta 0,50 ponto percentual ela atingiu o seu maior valor em 6 anos, 13,25% de acordo com anúncio feito pelo comitê na última quarta-feira (29/04).
A Selic acumula a sua quinta subida consecutiva: a primeira foi em outubro do ano passado quando alcançou 11,25%, em dezembro foi elevada a 11,75%, janeiro e março atingiu 12,25% e 12,75%, respectivamente. Vale ressaltar um detalhe, as subidas têm mantido uma constância no seu valor, todas foram de 0,50 ponto percentual.
A subida da taxa é a principal ferramenta utilizada pelo Banco Central para controlar o consumo e consequentemente a inflação, que atingiu agora em março um recorde em 20 anos, 1,32%; elevada em sua maior parte devido à subida dos preços dos combustíveis e energia elétrica autorizadas pelo governo.
Esse controle inflacionário através da Selic se dá da seguinte forma: quando os juros sobem as pessoas consomem menos forçando assim os preços em geral a caírem, todavia, se por um lado controla, em parte, a inflação por outro trava o Produto Interno Bruto, já que a economia não cresce, não gera empregos e o País fica estagnado.
Em contrapartida quando os juros estão baixos as pessoas passam a consumir mais, as empresas crescem e geram mais empregos e, com isso, o PIB do País se eleva, porém, como as empresas brasileiras não estão preparadas para um grande aumento de demanda por produtos e serviços, os preços sobem gerando a inconveniente inflação.
Apesar dos pesares, a poupança, que é o único investimento da maioria dos brasileiros, continua rendendo a mesma coisa, pois de acordo com uma regra do ano de 2012 este investimento só renderá menos quando a Selic estiver em valor menos que 8,5% ao ano, como não é o caso ela permanece rendendo os seus habituais 6,71%.
Mas há mais alguém que se beneficia, e muito, com a alta da Selic: os bancos, pois com ela vem o aumento de algumas tarifas bancárias como o cheque especial, que chegou a 220,4% em março, de acordo com o Banco Central.
A alta da Selic até agora tem sido um mal necessário, mas que nunca será bem aceito, principalmente pela classe trabalhadora desse País.
Por Édson Dassib
Deixe um comentário