O atual cenário da economia brasileira fez com que o Banco Central projetasse que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro irá cair 0,5% em 2015, sendo que há 90% de chance de estourar a meta da inflação para este ano. Apesar das notícias, haverá uma melhora em 2016, tendo em vista as apostas para o fim do arrocho monetário em abril.
Em Relatório Trimestral de Inflação divulgado na quinta-feira, dia 27 de março, a alta do IPCA vai atingir 7,9% em 2015, conforme o cenário de referência, ante a previsão anterior de 6,1%.
No ano que vem, o IPCA vai subir 4,9%, sendo este percentual 0,1% menor que a estimativa anterior de 5,0%. A meta da inflação será de 4,5% com margem de 2 pontos percentuais para mais ou menos. Lembrando que o indicado chegou, em fevereiro, a 7,70% em 12 meses, maior percentual em quase dez anos.
Indicando a desaceleração nos preços para o próximo ano, o Banco Central dá sinal que do fim do arrocho dos juros, contudo, é importante esperar um pouco mais. Segundo avaliação do próprio BC, haverá mais uma alta de 0,25% e depois os juros serão paralisados. O cenário não é dos melhores, tendo em vista que o Banco Central ainda avaliou que os esforços para controlar a alta nos preços não são suficientes para uma melhora significativa.
O BC começou no mês de outubro de 2014 um novo ciclo de aperto monetário, elevando a Selic em março em 0,5% e chegou a 12,75% ao ano. Acontece que vivemos uma realidade com alta da inflação e a economia não se recuperou.
Nessa perspectiva, uma pesquisa realizada pela Focus do BC mostrou que o arrocho monetário não terminou e a taxa básica de juros pode chegar a 13% até o fim do ano. Ainda tem o dólar, que já ultrapassou a barreira dos R$ 3,00 e pode ficar em constantes R$ 3,15.
Por Ana Rosa Martins Rocha
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