O IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo), índice usado para medir a inflação no país subiu 1,22% em fevereiro. A taxa de avanço do mês de janeiro havia sido de 1,24%. Quem informou foi o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo o IBGE essa é maior taxa registrada para o mês de fevereiro desde 2003 em que a taxa ficou em 1,57%.
Para o acumulado dos últimos doze meses o indicador apresentou uma alta de 7,7%, índice que não era registrado desde 2005 quando o acumulado dos doze meses apresentou alta de 8,05%.
Levando em consideração apenas a inflação em 2015 o acumulado ficou em 2,48%, sendo que no mesmo período de 2014 o acumulado foi de apenas 1,24%. O acumulado para o mês de fevereiro de 2014 foi bem mais baixo que deste ano (0,69%).
Segundo o IBGE, “o aumento dos impostos [PIS, Cofins, IPI dos automóveis, imposto sobre cosméticos] teve influência significativa no IPCA de fevereiro”.
O aumento do preço da gasolina foi um dos grandes responsáveis por essa alta da inflação, pois só no mês de fevereiro a gasolina teve um aumento de incríveis 8,42%. O aumento do preço desse combustível refletiu diretamente no aumento das alíquotas do PIS e COFINS que começou a vigorar no dia primeiro de fevereiro deste ano. Sozinho o aumento no preço da gasolina foi responsável por um quarto do IPCA, representando 25,41% do aumento.
Com o aumento do preço dos combustíveis houve um efeito em cadeia subindo o preço dos demais produtos e serviços. Os gastos com transporte, por exemplo, tiveram um acréscimo de 2,2% sendo o grupo que apresentou o impacto mais elevado no mês.
"O impacto dos impostos [na gasolina] foi muito forte, pesou nas bombas e, em consequência, pesou no bolso do consumidor até mais do que ele se pudesse prever", disse Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
A coordenadora do IBGE afirmou ainda que até 2013 os itens monitorados, como ônibus e energia, foram fundamentais para o controle do aumento da taxa de inflação. "Agora neste início do ano, a pressão dos monitorados tem sido forte, e isso tem modificado o perfil da inflação”, disse a coordenadora do IBGE.
Por Dalmo Rocha
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