Infelizmente, a realidade brasileira no que se refere ao mercado de trabalho é um pouco carrasca com as mulheres. As diferenças inerentes ao gênero são refletidas não somente no menor número de vagas disponíveis para o público feminino nos setores estratégicos das empresas como também na incoerência dos níveis salariais.
Mesmo que segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego do Sistema Estadual de Pesquisa de Dados e do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, indique que a diferença entre os salários de mulheres e homens na região metropolitana da cidade de São Paulo tenha diminuído, é fato que continua sendo assunto de diversos debates a nível nacional.
De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa realizada no ano de 2014, os níveis de remuneração entre trabalhadores e trabalhadoras estão mais semelhantes. Em 2014, as mulheres receberam uma remuneração média de R$ 9,80 por hora trabalhada e os homens, R$ 12,04. A hora trabalhada feminina aumentou 5,3% comparado com o resultado de 2013, já a dos homens diminuiu em 0,2%. Comparando os valores atualizados, percebe-se que o valor atual da remuneração feminina é 81,4% dos vencimentos masculinos por cada hora de trabalho. Em 2013, este valor era bem inferior (77,1%).
No que tange ao salário mensal médio, o das mulheres foi de 71,96% dos vencimentos masculinos, as mulheres têm remuneração média de R$ 1.594 e os homens R$ 2.215. Ainda que este parâmetro indique uma diferença bastante importante, ao comparar os salários de cada gênero, ele não serve para conseguir um bom entendimento da situação, já que a carga horária semanal das mulheres é de 38 horas em média, sendo a dos homens de 43 horas.
O panorama no que diz respeito aos salários melhorou e hoje em dia estão menores as divergências, em detrimento, o nível de desemprego das mulheres aumentou. Na região metropolitana da capital paulista, ouve um aumento de 0,5% na falta de oportunidades laborais femininas, fechando 2014 com 12,2%. No ano anterior, a marca do desemprego era de 11,7%.
Outro dado informado pelo estudo foi que a participação dos homens no mercado de trabalho caiu 0,1% e a participação das mulheres subiu 1% entre 2013 (55,1%) e 2014 (56,1%).
Por Melina Menezes
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