Janeiro marcou a maior alta dos juros do cheque especial desde abril de 1996, os números divulgados pelo Banco Central na última quarta-feira, dia 25, mostram que os juros chegaram a 208,7% ao ano. Há 18 anos, em 1996, os números chegaram a 212,2% ao ano.
Isso se deve ao crescimento dos juros cobrados pelos bancos nos últimos meses. Em dezembro de 2013, essa linha de crédito estava com taxa de 148,1% ao ano. Levando em consideração os últimos 13 meses, o aumento foi de 60,6 pontos percentuais.
A partir de fevereiro, passaram a ser divulgadas também dados a respeito dos juros bancários do cartão de crédito. Conforme informações do Banco do Brasil, quando os clientes não pagam o valor total da fatura, o valor dos juros chegou a 334% ao ano. O índice mais alto desde junho de 2012, quando marcou 334,3% ao ano. Essa incidência faz com que o cartão de crédito esteja no topo das modalidades de crédito mais caras.
Os juros altíssimos já foram comentados, inclusive, pelo jornal norte-americano “The New York Times”. Conforme mencionado por eles, determinadas linhas de crédito oferecidas no Brasil “fariam um agiota americano sentir vergonha”. A relação foi feita devido aos cartões de crédito que possuem taxa de juros de mais de 240% ao ano e dos empréstimos bancárias que em determinados casos possuem juros de 100%.
Com todas as taxas, os especialistas são unânimes na questão de que as alternativas como cartão de crédito e cheque especial só devem estar utilizadas em situações de necessidade extrema, com período curtíssimo de uso.
Em relação à taxa média de juros para pessoas físicas, no momento da compra de automóveis, a soma dos juros chegou a 23,8% ao ano em janeiro. Em dezembro de 2014 a taxa era de 22,3%. O atual número é o maior desde fevereiro de 2014.
Por Rafaela Fusieger
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