O principal objetivo do horário de verão brasileiro é proporcionar economia de energia para o país. De acordo com dados preliminares do Ministério de Minas e Energia (MME), o horário de verão, que acabou na meia-noite de sábado (21/02), resultou em uma economia de energia de 4,5% nas horas mais influenciadas pela mudança nos relógios das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, entre 18h e 21h.
Se for considerado todo o consumo dessas regiões desde 19 de outubro, a economia foi de 0,5%.
Segundo o MME, o horário também contribuiu para poupar os reservatórios das usinas hidrelétricas. De acordo com comunicado da pasta, a estimativa de redução no subsistema Sudeste/Centro-Oeste pode ter chegado a até 1.970 megawatts (MW) no horário de ponta. Isso equivale ao dobro da demanda de Brasília entre 18h e 21h. Já no subsistema Sul, a economia pode ter chegado a 625 MW.
A redução de consumo de energia no Sudeste brasileiro e no Centro-Oeste, considerando todo período de vigência do horário de verão, foi de quase 195 MW médios, suficiente para iluminar a capital do país por um mês. Já no Sul, a economia total foi de 55 MW médios, o equivalente ao consumo mensal da capital catarinense, Florianópolis. Somados, esses 250 MW médios representam 0,5% do total da energia gasta nos estados que adotaram o horário diferenciado.
O horário brasileiro e verão ainda proporcionou um ganho de armazenamento de energia nas hidrelétricas de 0,4% no sistema Sudeste/Centro-Oeste e de 1,1% na região Sul, segundo dados do MME.
O governo chegou a cogitar a prorrogação do horário de verão por mais um mês, até o dia 22 de março, devido a atual crise energética. Mas, segundo cálculos, a medida não valeria a pena, pois acarretaria em pouca economia adicional de energia para as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.
Por William Nascimento
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