Brasileiros estão contendo o consumo

Início de ano é sempre difícil, pois além das contas que chegam nesta época, como o IPVA, IPTU, material escolar, tem ainda os gastos do final de ano que ficam quase sempre para serem pagos neste período.

O brasileiro até já se acostumou a todo início de ano, ficar um pouco mais “apertado” financeiramente, pois sabe que os gastos são muitos. O que ninguém esperava é que 2015 fosse um ano tão difícil, economicamente falando.

Se até o final de 2014 a única preocupação maior dos brasileiros era com a crise hídrica, foi só o novo ano começar para as pessoas verem que teriam muito mais que se preocupar. O aumento no preço dos alimentos, combustível, roupas, móveis, imóveis, medicamentos, mão de obra, serviços em geral, aliado ao crescente desemprego e à falta de perspectiva para novas contrações, seja nas indústrias, comércio ou prestação de serviço, fez com que muitos brasileiros se desesperassem e imediatamente, tiveram que conter o consumo.

E as histórias são as mais diversas: pais que mudaram os filhos para escolas mais baratas, uso do transporte público para ir trabalhar deixando o carro na garagem, cancelamento de viagem para o exterior e até viagens para dentro do Brasil, além de compras de eletrodomésticos e eletrônicos que iam ser feitas, mas que foram canceladas, pelo menos temporariamente, até que a situação econômica do país se estabilize.

A previsão não é das melhores para 2015. O dólar foi às alturas e a tendência é de que continue subindo.
As tarifas de água e luz tiveram aumentos e terão novos ainda este ano. Os combustíveis também saltaram de preço e espera-se novo aumento no decorrer dos próximos meses.

Já não basta poupar água e luz, o brasileiro está contendo o consumo de um modo geral. O comércio teve queda nas vendas assim como o setor de prestação de serviços. O desaquecimento na economia, a alta na inflação e o temor de novas surpresas desagradáveis está fazendo com que os brasileiros contenham o consumo ao máximo, para que consigam atravessar o ano sem fazer novas dívidas, pois o futuro nunca foi tão incerto e a situação econômica é bastante obscura.

O melhor agora é consumir o mínimo, economizar ao máximo e estar preparado para novas notícias, sejam elas boas ou não.

Por Russel

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