Na última sexta-feira, 13 de fevereiro, foi divulgada pela Agência Efe uma nota na qual consta que os alimentos podem ter seus preços modificados severamente pela alta do Dólar no Brasil. Desde o ano de 2004 não era registrado um valor tão alto da moeda americana. Os alimentos que mais serão impactados nestas alterações do Dólar são legumes, verduras e hortaliças, devido às mudanças de preço dos insumos que são utilizados para a sua produção.
Na sexta, o dólar fechou em R$ 2,834 para venda, esta taxa poderá alterar o valor dos insumos de produção e, consequentemente, espelhar-se no valor dos produtos finais. Essa taxa de câmbio comercial, incentiva à importação de elementos que são usados na produção dos vegetais.
Conforme as informações cedidas pelo Vice-Presidente do Banco Indusval & Partners (BI&P), André Mesquita, os produtos que receberão maior impacto devido às alterações do dólar são verduras, hortaliças e legumes, estes são os que sentirão mais impacto em seus preços. Já alguns commodities como soja, milho, café e também açúcar não serão tão afetados e ainda serão os responsáveis por equilibrar os gastos com os insumos para produzir os outros produtos já que estes são exportados para o exterior. Ainda sobre este assunto André Mesquita afirma que o aumento do dólar é interessante para determinados produtores exportadores e sobre o repasse dos valores que sempre é o consumidor final quem arca com as oscilações.
Por mais que as perspectivas para certos setores possam até parecer positivas, outros não estão sendo beneficiados e encontrarão dias difíceis se tiverem que alterar em muito os seus preços.
Segundo José Augusto Castro, atual Presidente da Associação de Comércio Exterior no Brasil, a desvalorização da moeda brasileira poderá ser importante para um superávit na balança comercial já que em 2014 esta fechou o ano com um déficit de mais de US$ 3 milhões.
Por Melina Menezes
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