O cenário atual não irá favorecer a indústria brasileira em 2015, sobretudo na questão energética. A conta de energia pode ficar em média, no mínimo, 43,6% mais cara, além da revisão tarifária e o reajuste de tarifas. A projeção é da Firjan – Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, que ainda revelou que desde 2013 até o fim de 2015 a eletricidade vai subir quase 100%. O que pode elevar ainda mais o custo de diversos produtos que chegam até as casas dos brasileiros.
As perspectivas da entidade levam em consideração o fim dos subsídios na tarifa de energia, além das bandeiras tarifárias e o pagamento de empréstimos para melhorar a situação das distribuidoras de energia.
"A gente está sendo conservador nesses 43,6 por cento", afirmou Cristiano Prado, o assessor de Planejamento e Desenvolvimento Econômico da Firjan, no Fórum de Comercialização de Energia Outlook 2015. Cristiano revelou que o aumento adicional para a indústria irá variar entre 15% e 20% este ano, considerando os reajustes e a revisão tarifária.
Segundo Prado em 2016 se o cenário melhorar haverá um pequeno aumento. O assessor acredita que em 2015 as bandeiras tarifárias dificilmente sairão do vermelho. Dessa forma o preço da energia gerada será o mais caro possível.
"O que acontece é que a indústria está ficando desesperada com essa situação. Está vendo o preço de seu principal insumo numa trajetória crescente, não consegue enxergar uma mudança de curva, de quando é que a gente vai voltar a ver energia que seja competitiva pelo menos num valor próximo ao que a gente encontra internacionalmente", completou Prado.
Levando em consideração que o aumento é repassado para o consumidor, teremos alta nos preços de diversos produtos manufaturados. A crise energética se mostra implacável em todos os segmentos, entretanto o consumidor final, no caso, o brasileiro, será o mais prejudicado, tendo em vista que já irá pagar mais pela energia e pelos produtos que precisam dela para serem fabricados.
PorAna Rosa Martins Rocha
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