Com a indefinição quanto à futura política econômica do segundo mandato da presidente Dilma Rousseff, o dólar opera em alta pelo quarto dia consecutivo até à última quarta-feira (5). A moeda norte-americana estava sendo vendida a R$ 2,5159 por volta das 16h20, com ganho de 0,42% em relação ao dia anterior.
O que mais lança incertezas sobre investimentos no Brasil e preocupa o mercado é a indicação do novo ministro da Fazenda. A presidente já havia comunicado, durante a campanha eleitoral, que o atual ministro, Guido Mantega, não continuaria no cargo.
Embora o jornal "O Estado de S. Paulo" houvesse afirmado que Dilma pretendia anunciar o nome do novo ministro antes da reunião do G20, a presidente disse nessa quarta que não haveria tempo. Ou seja, o mercado só conhecerá o novo indicado depois do dia 16¨de novembro, quando Dilma deve voltar da Austrália, onde se reunirá a cúpula do G20.
O jornal Valor Econômico informou que Dilma e o ex-presidente Lula teriam se reunido para discutir a questão. Lula teria indicado o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e o ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
Vale lembrar que há uma semana atrás a possibilidade da nomeação de Luiz Carlos Trabuco havia animado o mercado, e o dólar havia fechado em queda de 1,42%. Porém, segundo o Valor, Trabuco teria sido convidado para assumir o cargo, porém, havia rejeitado o convite. Rumores apontam que Henrique Meirelles seja o mais cogitado pela presidente.
Com ou sem especulações, o provavel é que só conheceremos o novo ministro da Fazenda após a reunião do G20. Só nos resta observar as reações do mercado frente às notícias.
Em entrevista ao Jornal da Record, Dilma avisou: "Não tente especular, porque não direi como farei". Dilma não pretende discutir um único ministro, mas todo o ministério. Declarou ainda que as novas medidas na economia serão marcadas pelo diálogo.
Por Daniel Cavalcante
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