O Tesouro Direto vendeu em outubro R$ 251,6 milhões em títulos, valor 14,3% superior ao de setembro de 2012. No mês, 4.135 novos participantes se cadastraram na modalidade de investimento de títulos garantidos pelo governo federal e com custos baixos de operação.
O número total de investidores cadastrados ao fim do mês de outubro atingiu 321.667, o que representa incremento de 20,2% nos últimos doze meses. Destaca-se a participação de pequenos investidores. As vendas de título até R$ 5 mil representaram 63,3% do volume aplicado em outubro. O valor médio por operação no mês foi de R$ 13.264.
Os títulos públicos são emitidos pelo governo federal com o objetivo de arrecadar recursos e, em troca, o investidor recebe sua aplicação com adicional, que varia de acordo com taxas de juros, índices de inflação, câmbio ou uma taxa fixa, definida na hora da compra.
Como investir no Tesouro Direto
A compra e venda de títulos públicos pode ser feita pelo próprio investidor ou por um agente autorizado, banco ou corretora. As operações podem ser feitas pela internet, no site do Tesouro ou no site de instituição financeira que tenha seu site integrado ao site do programa.
Em 2012, o Tesouro Direto anunciou medidas para atrair mais investidores. O valor mínimo por aplicação em compras agendadas, que antes era de R$ 100, baixou para R$ 30. Já para as compras não agendadas, o valor mínimo para compra caiu de 20% para 10% do valor total do título. Além disso, o teto mensal de compras por pessoa física subiu de R$ 400 mil para R$ 1 milhão.
Outro incentivo é a redução da taxa de negociação da BMamp;FBovespa. A partir da terceira compra realizada pelo agendamento prévio, a porcentagem cai de 0,10% para 0,05%, e caso o cliente opte pelo reinvestimento de seus rendimentos, será isentado desta taxa de negociação.
Quem não quiser se preocupar em gerenciar as operações poderá autorizar bancos e corretoras a efetuar compras e vendas dos títulos públicos. O site do Tesouro disponibiliza informações sobre esses agentes.
O retorno do investimento dependerá do tipo de título escolhido. Existem títulos prefixados, nos quais o investidor sabe exatamente quanto vai receber na data de vencimento do título já no momento da compra. Esse tipo é adequado para investimentos de médio prazo.
Há também títulos pós-fixados, com a rentabilidade vinculada a um indexador. Essa indexação pode ser à taxa básica de juros, a Selic, ecomendada para investimento de curto e médio prazo. Já os títulos indexados ao IPCA, inflação oficial, são recomendados para investimento de médio longo prazo, como aposentadoria, compra da casa própria ou educação dos filhos.
Confiraaquio quanto cada título rende.
Uma vez comprados, o investidor pode aguardar o vencimento do papel (data predeterminada para resgate do título), quando os recursos são depositados em conta. Os títulos podem ser resgatados sempre que necessário, antes do vencimento, pelo seu valor de mercado, uma vez que o Tesouro Nacional garante a recompra de seu título todas as quartas-feiras.
As taxas de administração e de custódia são baixas mínimo de 0,3% ao ano sobre o valor do título e o Imposto de Renda só é cobrado no momento da venda ou vencimento do título, para títulos pós-fixados.
Conheça os títulos
Entre os títulos prefixados estão as Letras do Tesouro Nacional (LTN), cujo rendimento é recebido no vencimento; e as Notas do Tesouro Nacional série F (NTN-F), com rendimento recebido ao longo do investimento, por meio de cupons semestrais de juros, e na data de vencimento, o que possibilita aumento de liquidez e oportunidade de reinvestimento.
Entre os pós-fixados, estão as Letras Financeiras do Tesouro (LFT), cuja rentabilidade está atrelada à taxa Selic; as Notas do Tesouro Nacional série B Principal (NTN-B – Principal), atreladas ao IPCA; e as NTN-B, também indexadas ao IPCA, mas com pagamentos de juros semestrais ao investidor.
Balanço
Em outubro, destacou-se a demanda por títulos indexados ao IPCA, cuja participação nas vendas atingiu 77,3%, maior valor desde o início da série. Os títulos prefixados ficaram em segundo lugar entre os mais vendidos, com participação de 17,5% do total das vendas. Os títulos indexados à taxa Selic apresentaram participação de 5,2% nas vendas no mês.
As vendas de títulos com prazo entre 1 e 5 anos representaram 29,4% do total, e os títulos com prazo acima de 5 anos corresponderam a 70,6% do total, maior valor desde o início da série, reafirmando o papel do Tesouro Direto como opção de poupança de médio e longo prazo.
O estoque total do Tesouro Direto, que representa os títulos públicos em poder dos investidores, é de R$ 9,2 bilhões (incremento de 2,7% sobre o mês anterior e de 32,8% sobre outubro de 2011). Para consultar o Balanço do Tesouro Direto em sua versão completa acesseaqui.
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