De acordo com a ata da última reunião do Copom, publicada no dia 17 de outubro, o Banco Central prevê que o governo não conseguirá cumprir a meta de arrecadação fiscal no ano de 2012. Segundo o documento, o BC já absorveu os custos do não cumprimento do que é chamado de “meta cheia” da arrecadação.
Segundo a ata do Copom, o cumprimento da meta fiscal e a realização do superávit primário das contas do governo são importantes para a contenção da inflação no país. A razão seria que os gastos públicos exercem pressão sobre o mercado interno, o que acarretaria uma subida dos preços. Com isso, o BC se antecipa ao Governo Federal em seu anúncio oficial da equipe de economia.
Dessa foram, o BC deixou o governo sem margem para escolher o melhor momento para afirmar publicamente a necessidade de ajuste para o cumprimento da meta de superávit das contas públicas.
Os principais fatores que exerceram pressão para o não cumprimento da meta de superávit fiscal sem ajustes foram o aumento das desonerações fiscais realizadas pelo Governo Federal (com o objetivo de impulsionar a economia brasileira no meio da tormenta da crise financeira mundial) e a queda na arrecadação desse ano (propiciada pelo fraco desempenho do PIB até o terceiro trimestre de 2012).
Fonte: O Estado de São Paulo
Por Matheus Camargo
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