A Febraban, Federação Brasileira de Bancos, considerou em seu último Informativo Semanal de Economia Bancária, que o crédito rotativo, cheque especial e cartões de crédito, estão pesando expressivamente na economia das famílias brasileiras. Os dados do Relatório de Estabilidade Financeira do Banco Central também confirmam essa informação.
Segundo o relatório do BC o crédito pessoal comprometia, em abril de 2012, 43% da renda da população brasileira. Desse montante, 27% são destinados ao pagamento das linhas de crédito rotativo. Dentre os pagamentos deste a maior parte é destinada aos cartões de crédito que representam 80% do total de dinheiro gasto com pagamento desse tipo de crédito, afirma a Febraban.
Ainda segundo essa entidade, o comprometimento de renda com o pagamento de linhas de crédito no Brasil poderia ser muito menor, caso a maior parte do crédito disponível estivesse concentrada em crédito imobiliário, como nos Estados Unidos. A Febraban afirma que o comprometimento de renda com pagamento de crédito poderia cair no Brasil dos atuais 22,1% para 9,8% se 80% das linhas de crédito brasileiras fossem para gastos imobiliários. Isso ocorreria, pois o crédito imobiliário tem juros menos elevados.
O Relatório do BC aponta, ainda, que os bancos públicos ganharam parcela considerável de mercado de linhas de crédito no último ano. A participação deles passou de 41,8% em julho de 2011 para o patamar 45,1% em julho deste ano.
Os bancos privados tiveram sua parcela reduzida dos anteriores 40,9% para atuais 38% do total do mercado de crédito. Isso ocorreu devido à ofensiva da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, com a redução das taxas de juros em suas linhas de crédito, o que atraiu muitos clientes no período.
Por Matheus Camargo
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