Uma das satisfações da grande maioria dos brasileiros é percorrer corredores de supermercados em busca de alimentos, bebidas, apetrechos para festas, promoções nos setores de eletroeletrônicos e eletrodomésticos, além de informática, entre outros. Ir para o lar com o carro lotado é o grande sonho, mas nem todos assim podem.
Com a ascensão da classe média, a mesma que já adquire bens duráveis e serviços antes não visitados, deixou para trás os produtos mais básicos, corriqueiros, para apostar em mercadorias incrementadas. O número de empregos criados e o acesso ao crédito durante 2010 são algumas das justificativas para essa disposição.
O aumento das carnes brecou consideravelmente a intenção de consumo do item, obrigando os consumidores a recorrerem a frangos. Em meio a esse cenário, as vendas reais do segmento supermercadista avançaram 4,2% em 2010 sobre 2009. Apenas no mês de dezembro, a alta no confronto anual abraçou índice de 3,16%.
Segundo Sussumu Honda, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), apesar dos números positivos o crescimento ficou abaixo das perspectivas. A elevação dos preços, principalmente das commodities, exerceu influência sobre os dados. Além dessa constatação, o brasileiro comprometeu sua renda por causa da ampla oferta de crédito no mercado.
O Índice de Vendas da Abras abarcou, em dezembro do ano passado, expansão de 34,71% em comparação ao mês imediatamente anterior e 9,25% no confronto com o mesmo período de 2009. No acumulado de 2010 outra alta, de 9,46%.
Apesar de emitir bons sinais para 2011, Sussumu prevê que o aumento do preço das commodities no contexto global e a oferta de crédito devem influenciar os próximos resultados, mesmo com a renda e aumento dos postos de trabalho em evidência.
Por Luiz Felipe T. Erdei
Fonte: Abras
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