Os debates para o reajuste do salário mínimo do ano que vem já começaram bem antes de a presidente eleita, Dilma Rousseff, assumir a função de sucessora de Luiz Inácio Lula da Silva. Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, acredita que o atual valor, de R$ 510, será substituído a partir de 1º de janeiro por algo em torno de R$ 540.
Enquanto esse tema é discorrido e ainda o será durante alguns dias, a equipe de transição da ex-ministra da Casa Civil pondera reajuste aos beneficiários do Bolsa-Família acima da inflação de 9% acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Os envolvidos nas discussões assinalam que um reajuste próximo desse índice não conseguiria erradicar a situação de pobreza para 8,9 milhões de pessoas.
Reportagem esmiuçada pelo Estadão assevera que o Nordeste contempla 85% dos participantes do Bolsa-Família. Apesar dessa ampla fatia, os R$ 70 per capita destinados a cada um desse total são insuficientes para os atendidos superarem a situação de pobreza mais aguda.
Informações reunidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) assinalam que a situação de extrema pobreza prossegue pelo Brasil porque o benefício do programa de transferência de renda do governo tem valor insuficiente e porque grande parte dos pobres não são atendidos.
Por Luiz Felipe T. Erdei
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